Na manhã de segunda-feira, Portugal foi surpreendido por um apagão que afetou todo o território continental. Às 11h33, uma falha elétrica de grandes proporções deixou o país sem energia, paralisando grandes cidades e zonas rurais. O caos espalhou-se rapidamente, com transportes suspensos, semáforos apagados e a interrupção de redes móveis e internet. No entanto, no meio do desconforto e incerteza, um meio de comunicação resistiu: a rádio.
Com as redes móveis e a internet inoperantes, foi a rádio em frequência modulada (FM) que garantiu o fluxo contínuo de informações cruciais para a população. Equipadas com sistemas de energia autónomos, as emissoras de rádio mantiveram as suas transmissões, proporcionando à população um canal confiável de comunicação. As autoridades e especialistas usaram a rádio para esclarecer o que estava a acontecer, a desmentir rumores e a fornecer orientações sobre como lidar com a situação de emergência.
O apagão afetou diversos setores, incluindo transportes públicos, com o metro de Lisboa e os comboios imobilizados, e os aeroportos que enfrentaram restrições severas. A ausência de energia também comprometeu serviços essenciais, como os hospitais, que dependiam de geradores de emergência para manter operações vitais. A falta de acesso à internet e aos serviços digitais aumentou a ansiedade entre os cidadãos, mas foi através da rádio que muitos se sentiram mais seguros, pois o meio continuou a fornecer informações claras e consistentes.
Este episódio sublinhou a resiliência da rádio, um meio tradicional que continua a provar a sua importância, especialmente em tempos de crise. 51 anos após a Revolução do 25 de abril, que também contou com a contribuição vital da rádio para a democracia, o apagão de 28 de abril demonstrou que, em situações de emergência, a rádio continua a ser uma ferramenta essencial para garantir a segurança, a coesão social e a confiança pública.
Em comunicado, a Direção da APR (Associação Portuguesa de Rádios) sublinhou que, mesmo diante de um cenário de grande instabilidade, a rádio cumpriu o seu papel fundamental como serviço público, mostrando que, mesmo sem eletricidade e com a comunicação digital em colapso, a população não ficou em silêncio.
“Portugal ficou às escuras. Mas graças à rádio, não ficou em silêncio”, afirmou a APR em comunicado.
Radio Portimão 106.5 FM