O telescópio ótico mais avançado de Portugal começou a operar na Base Aérea n.º 11, em Beja, para monitorizar objetos no espaço, incluindo satélites e lixo espacial. Este equipamento, fruto de uma parceria entre a Força Aérea Portuguesa (FAP) e a empresa Neuraspace, envolveu um investimento de 25 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O telescópio permitirá obter dados valiosos para a defesa nacional e apoiar manobras de satélites, fortalecendo a capacidade de resposta a desafios futuros, conforme destacaram o general Cartaxo Alves, chefe do Estado-Maior da FAP, e o coronel Pedro Costa, diretor do Centro de Operações Espaciais da FAP.
A Neuraspace, criada em 2020 e sediada em Coimbra, já monitoriza mais de 300 satélites, utilizando um software avançado que combina inteligência artificial e machine learning para prever colisões e sugerir manobras de evasão, reduzindo riscos e custos para os operadores. A empresa lidera um projeto do PRR com um orçamento de 25 milhões de euros, que visa combater os perigos do lixo espacial, um problema crescente com o aumento do número de satélites e detritos em órbita. Com a crescente densidade de objetos no espaço, a Neuraspace alerta para o risco de colisões que podem danificar satélites e criar ainda mais detritos, ameaçando a sustentabilidade das operações espaciais e a exploração futura do espaço.