O ano letivo 2024/2025 começou esta quinta-feira, marcando o regresso às aulas para mais de um milhão de estudantes portugueses. O arranque estende-se até segunda-feira, com cerca de 60% das escolas a abrir portas hoje e mais 20% na sexta-feira. O ministro da Educação elogiou o “esforço” das escolas e diretores para garantir que 80% das instituições estivessem operacionais nos primeiros dois dias. No entanto, o início do ano letivo traz à tona problemas antigos, como a falta de professores. Há ainda 1.091 horários por preencher, especialmente em Lisboa, Alentejo e Algarve.
Em resposta à carência de docentes, o governo aprovou um concurso de vinculação extraordinário que deverá estar concluído até novembro, direcionado para as escolas com maior necessidade de professores. Outras medidas incluem apoios financeiros para professores deslocados e a contratação de professores aposentados ou bolseiros de doutoramento.
Além das questões de pessoal, uma nova medida do Ministério da Educação recomenda a proibição de telemóveis nos recreios das escolas para alunos até aos 12 anos. A recomendação, a ser testada durante o ano letivo, poderá tornar-se obrigatória no futuro, dependendo dos resultados da avaliação. A medida foi bem recebida pelos diretores escolares, que acreditam que a limitação do uso de telemóveis pode beneficiar o ambiente escolar.
A Ordem dos Psicólogos também se pronunciou sobre esta questão, afirmando que o uso de telemóveis nas escolas é inevitável, mas deve ser gerido de acordo com as necessidades de cada instituição. Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da Ordem, destacou a importância de cada escola ter autonomia para decidir como será feita a utilização de tecnologias digitais, refletindo sobre as orientações recentemente apresentadas pela Ordem dos Psicólogos.
O início do ano letivo, portanto, traz não apenas o regresso às aulas para milhões de estudantes, mas também o debate sobre a modernização e as boas práticas nas escolas portuguesas.