A Câmara Municipal de Lagoa celebrou ontem a compra dos terrenos das Alagoas Brancas, adquirindo-os da empresa Edifícios Atlântico, S.A., por 3,67 milhões de euros. A aquisição foi possível graças a um protocolo de colaboração com o Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), firmado no final de 2023, que forneceu o financiamento necessário.A negociação durou vários meses, com intensas diligências por parte do executivo permanente e o envolvimento crucial do governo, culminando na concretização do acordo. Os técnicos do Município já estão a trabalhar no projeto de criação de um Parque Natural, conforme acordado no protocolo.O loteamento das Alagoas Brancas, parte do Plano de Urbanização de Lagoa aprovado em 2008, inicialmente destinava-se a atividades económicas e áreas industriais. No entanto, um movimento cívico e associações ambientalistas contestaram a construção devido à riqueza natural do local. Em 2021, o executivo atual classificou a zona como solo rural, impedindo futuras construções.“Este é um momento de enorme satisfação para mim e para o meu executivo, uma vez que conseguimos resolver um problema que herdamos e que já se arrastava há muitos anos”, afirmou Luís Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Lagoa.A compra dos terrenos e a criação do Parque Natural representam um importante passo na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável da cidade.